quinta-feira, 11 de outubro de 2007

Celular com teclas alfabéticas ganha versão 'popular'


Às vezes, pequenos detalhes são capazes de fazer uma enorme diferença. Um ponto a mais pode garantir sua aprovação no vestibular. Uma oferta US$ 1 mais alta pode fazer você vencer um lance no eBay. E meio passo em direção à beira de um penhasco, bem, não preciso dizer. Essa deve ter sido a linha de pensamento da Palm quando apresentou o Centro, seu novo celular equipado com teclado. Ele é praticamente idêntico ao popular smartphone Treo da empresa, mas um pouco menor e mais barato.

Talvez sua primeira reação seja balançar a cabeça em consternação. Isso é o melhor que a Palm conseguiu inventar? Como essa grande inovadora da década de 90 acabou trocando os pés pelas mãos? As pessoas enlouqueciam cada vez que surgia um boato sobre o lançamento de um novo aparelho da Palm no mercado. Os sites publicavam críticas de todo e qualquer ponteiro e capinha. Os nerds das empresas usavam o Graffiti, o alfabeto de reconhecimento de escrita do PalmPilot, até em whiteboards e notepads.

Foi-se o tempo. Ultimamente, os aparelhos inovadores da Palm andam meio sem fôlego. Houve um sinal de esperança momentâneo em janeiro deste ano quando o fundador da Palm, Jeff Hawkins, lançou o Foleo, o "companheiro móvel" do tipo laptop, extremamente fino e inovador na categoria, mas a Palm cancelou o produto no mês passado. Portanto, durante dois anos, os "novos" produtos da Palm foram pouco mais do que pequenas variações do Treo. O Centro parece ser mais uma.

A Palm esperava que, reduzindo o tamanho e o preço do Treo, criaria um produto totalmente diferente, um novo telefone de ponta para pessoas que nunca tiveram telefones com teclas alfabéticas (segundo a Palm, isso representa 95% dos consumidores de telefones celulares). Mas aí é que está o mais curioso: a estratégia funciona.

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