A apresentação do presidente da Telemig Celular, André Mastrobuono, na Futurecom 2007 teve um tom de pesar. O executivo lamenta que o serviço de terceira geração (3G) que lançou no dia 03 de agosto para o público e para a imprensa, com a presença de representantes do governo, não vá ao ar por causa de uma legislação da Agência Nacional de Telecoomunicações (Anatel).
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"Eu sei que é incrível pensar que eles homologaram equipamentos, licenças de funcionamento foram dadas e mesmo assim a Telemig corre o risco de ter sua antena lacrada por causa de 'dúvidas regulatórias da Anatel", afirma Mastrobuono.
O argumento para a ação, segundo o presidente da operadora mineira, é somente esse, o de dúvidas na legislação e, por isso, não há o que fazer até que se defina a questão. Se o veto à oferta do 3G se concretizar, o prejuízo da Telemig será de milhões, "o suficiente para deixar os nossos acionistas bastante bravos", comenta.
Ainda de acordo com o presidente, estão sendo investidos 250 milhões de reais na expansão da rede em 2007 em Minas Gerais e parte desses recursos envolvem a 3G.
Mesmo intrigado com a decisão da Anatel, Mastrobuono assume parte da responsabilidade por esse tipo de situação, já que, na sua avaliação, "as operadoras não estão se reunindo para pensar em propostas para o governo, como a de uma licença única, para que todas as tecnologias possam passar pelos tubos, já que isso mudaria a lógica de serviços e passaria para a tecnologia", diz.
Sem dar detalhes, o executivo indicou que outras operadoras, como a Claro, estão enfrentando o mesmo problema de aprovação junto ao órgão regulador para o lançamento do serviço de terceira geração antes do leilão. As operadoras tentam antecipar o lançamento dos serviços da próxima etapa da telefonia móvel em folgas nas faixas de freqüência já disponíveis, como nas devolvidas pelos antigos usuários de TDMA.
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